quarta-feira, 13 de julho de 2011

Prontos para fazer todo o resto...

Assim somos nós, assim estamos nós...prontos para fazer todo o resto, menos o que Ele pediu para que fosse feito. Já perdi a conta de quanto empenho e dedicação dispensei em projetos e planos que pareciam bem aos meus olhos, mas que no final serviram apenas para me distanciar do que realmente importa. Somente quando nos vemos  novamente no início do circulo é que a ficha parece cair e então dizemos: Espera ai! eu já estive aqui! 

Pois é..., nos sentimos uns idiotas. É certo que algum proveito você sempre tira em meio a estas "viagens", mas nenhuma delas é maior do que a lição aprendida no final de tudo. Que lição é esta? De que não somos capazes de ditar a vontade de Deus para nossas vidas. Por mais certo que você possa parecer estar num determinado momento, já em outro, você é obrigado a aceitar que com a sua natureza falha não se brinca. Não é atoa que lemos que aquele que foi chamado para militar o bom combate não deve se embaraçar com os negócios desta vida e a razão é simples, os negócios desta vida vão nos consumir. Eles vão sugar toda a nossa força e suprimir quase todo o nosso tempo, e por mais nobre que seja os nossos propósitos  se eles ocuparem o lugar daquilo que deveria estar sendo feito e não está, então nós falhamos. 

As vezes fico a me perguntar quantas vezes ainda vou ter que falhar para não mais me desviar daquilo que já está bem entendido no meu coração. Miserável homem que sou! Outra vez fico sem palavras ao ver que o Senhor ainda me ama. Outra chance de rever meus caminhos Ele me proporciona, mas até quando Sua misericórdia se estenderá sobre mim? Não sei, mas peço que não me falte forças para lutar contra esta minha natureza, contra este sistema que sutilmente nos escraviza e nos destrói. 

A poucos dias eu assistia uma reportagem de uma senhora estrangeira que mudou-se para o Brasil. Ela escolheu a dedo o lugar onde queria morar e foi nada menos do que a sua fé que a direcionou. Sim, sua fé no calendário Maia. Ela abandonou seus familiares, seus planos, sua terra, tudo, e se instalou numa região onde, segundo sua crença, as supostas catástrofes de 2012 não poderão atingi-la. Lá ela vive solitária, cumprindo o que acredita ser a sua missão, ou seja, preservar um dos poucos lugares que sobreviverão ao caos esperado por ela e por outros milhares. Para mim estas histórias servem a um único propósito, mostrar-me quão insignificante é a minha fé no Salvador. Quão fraco é o meu cristianismo. A fé sem obras é morta! 

Se de fato morrermos para o mundo, então sim viveremos para Ele, mas até que isso aconteça receio que nossa fé seja apenas algo meramente conveniente. É duro ver pessoas sem Deus abandonando tudo por simplesmente nada, e então se olhar no espelho e se deparar com a dura realidade do cristianismo fraco e muitas vezes hipócrita que sustentamos. Mas acho que há algo ainda mais decepcionante que isso que é, ver todas estas coisas, sentir tudo isso, entender perfeitamente o que deve ser feito, compartilhar com tantos que também vêem tudo exatamente assim e no final não poder contar com ninguém. É um daqueles momentos que você para e pergunta: Ou estou ficando louco ou ninguém está realmente disposto a obedecer o que Jesus disse.

Realmente não é preciso ciência alguma para entender o porque Jesus revelou o reino aos seus discípulos e depois disso os enviou de dois em dois, contudo, hoje em dia, conseguir mais um que te ajude a fortalecer a fé em meio a caminhada, que te levante quando você está caido, ou que simplesmente ore por você porque se importa é algo realmente raro, extremamente raro. Afinal cada um tem a sua própria vida, seus próprios projetos, valores, prioridades e seus limites de partilha muito bem definidos. Como podemos ver, no final, não sobra muito, ou quase nada. O que tem que ser feito continua por fazer. Pois é irmãos, cristianismo continua não sendo algo que você vive para se sentir bem, mas sim para que outros se sintam bem. Mais uma vez, ou morrermos pra nós mesmos ou continuamos não entendendo a mensagem da cruz. 

1 comentários:

Alex Sousa disse...

O tempo... ah! como é engraçado este tempo que vive nos passando rasteiras, primeiro somos bebês incapazes de realizar simples funções ordenadas pelos "doutores do conhecimento", logo crescemos e "amadurecemos". Dou graças ao tempo? Desgraçado sou eu por não me atentar aos conselhos em minha mocidade? Todavia gostaria de voltar no tempo, mas posso afirmar que se pudesse voltar sempre faria errado, sempre voltaria efetuar coisas segundo o desejo do meu "EU". Hoje, eu "Doutor do conhecimento" tenho tantas pessoas a medicar, será que faço certo em tentar ajudar com palavras, se soubesse a consequência real de cada palavra liberada, eu realmente utilizaria? se soubesse exatamente a consequência de cada atitude minha será que eu tomaria-a? não sei, somente experimentando e o tempo dirá. Maldito sou eu por errar e ainda por cima acusar o tempo de ser responsável por não me capacitar, Ó Deus tenha misericórdia de nós, pois confiamos que as coisas da vida ou o tempo nos poderão ser útil, poderão nos ajudar, tende misericórdia nos ajude a compreender a que Tu és único que pode nos ajudar e isso não leva tempo pois tu és maior do que o tempo, e não tomas conhecimento do tempo, pois se Tu quiseres todo tempo estará consumido e destruído em Ti e isso não é nenhuma fração de segundo que possamos calcular!
Li estes tempos atrás algo que já não é novo: "Devemos viver cada dia como se fosse o último" me pareceu um frase bem bonita, acho sim que devemos viver em busca de Cristo todos os dias como se fosse nossa última chance de encontra-lo, o que quero enfâtizar é que um dia isso será verdade. Será hoje?

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